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Cobre atinge máximos históricos e já valorizou mais de 30% este ano

O preço do metal disparou para 11.600 dólares por tonelada e espera-se que continue a subir. O metal é crucial para a transição energética, produção de energias renováveis e centros de dados.

Avanços na tecnologia de mineração, a procura insaciável por este metal essencial para tudo que é elétrico e o esforço do presidente Trump para aumentar a produção de matérias-primas nos EUA tornaram viável reativar a produção de cobre na mina de Johnson Camp, em Tucson, no Arizona. “Cerca de 50% do nosso consumo total está a ser importado porque não estamos a produzir o suficiente”, disse Craig Hallworth, diretor financeiro da Gunnison, tecnológica que utiliza métodos inovadores para a produção de cobre em território norte-americano.

O momento é favorável. Os preços do cobre bateram recordes este ano, atingindo os 11.600 dólares por tonelada, e espera-se que continuem a subir. O metal vermelho valorizou mais de 30% desde o arranque de 2025, impulsionado por preocupações com a oferta e, além disso, por um grande volume de exportações para território norte-americano, devido a receios com as tarifas.

O cobre é considerado um bom indicador do crescimento económico global e é crucial para o setor industrial. É também essencial também para a transição energética, servindo para equipar componentes usados na produção de energias renováveis, baterias para carros elétricos ou centros de dados. Os especialistas apontam que o consumo de cobre nos próximos 25 anos pode superar todo o cobre utilizado pela humanidade até agora.

O Serviço Geológico dos EUA adicionou o cobre à sua lista de minerais críticos considerados vitais para a segurança nacional e a economia. A Casa Branca está a avaliar tarifas além da taxa de 50% que Trump impôs a produtos semi-manufaturados, como fios e tubos. Um imposto de importação sobre cobre menos processado valorizaria os cátodos produzidos nos EUA.

Em 2024, os EUA exportaram 11,3 mil milhões de dólares e importaram 9,6 mil milhões, dependendo significativamente de importações de cobre, principalmente do Chile, que representa 38% do total.