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Cinco árvores à volta de cinco actividades

Do meu novo livro “Quarenta árvores em discurso directo” estabeleci um top 5 das árvores que elegeria como as preferidas. Não é fácil para quem, como eu, se enamorou das árvores pelo facto de simplesmente o serem. Aliás, já foi um problema ter escolhido quarenta para o livro, deixando de fora tantas outras que ficarão (talvez) para uma próxima oportunidade.

Antes de indicar as escolhidas, faço uma breve incursão por uma pequena história em que se juntam a Scientia amabilis da botânica (assim lhe chamava Lineu) e considerações de natureza económica e financeira.
No século XVIII, Lineu chamou Dillenia indica a uma árvore originária da Índia, que um dia foi trazida para o Brasil, ainda antes da independência. Foi então que o imperador Dom Pedro I terá escondido moedas nas suas carnosas e magnânimas flores, numa versão botânica de injecção monetária precursora dos bancos centrais. Para esse divertimento real, muito contribuiu a forma como as flores convergem para a formação do fruto, conservando, na cápsula frutificada, pequenos objectos que lá possam ser colocados e que, depois, acabam por se soltar com as muitas sementes, cuidadosamente envoltas em polpa gelatinosa.

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