China e Estados Unidos chegaram finalmente a um acordo comercial: “está concluído", disse o presidente norte-americano, Donald Trump, nas redes sociais, horas depois de negociadores de Washington e Pequim concordarem em recolocar uma frágil trégua comercial entre ambos no caminho de uma solução. Do lado chinês – observado pela imprensa do país – o acordo não parece ter sido saudado da mesma forma: não como uma negociação finalizada, mas como algo que ainda carece de aperfeiçoamento. De qualquer modo, Trump mostrou-se muito satisfeito com os resultados imediatos das negociações realizadas em Londres, em que participaram o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. "O nosso acordo com a China está fechado, sujeito à aprovação final do presidente Xi Jinping e à minha", disse Trump. "Minerais essenciais e terras raras necessárias serão fornecidas pela China. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo a possibilidade de estudantes chineses utilizarem as nossas faculdades e universidades (o que sempre me agradou!). Estamos a receber um total de tarifas de 55%, e a China, 10%”. "O presidente XI e eu vamos trabalhar juntos para abrir a China ao comércio norte-americano. Isso seria uma grande VITÓRIA para ambos os países!!!" Mesmo assim, estes textos não deixaram claro qual é o cronograma para um acordo mais abrangente, se é que vai existir. Em Genebra, os dois lados estabeleceram o dia 10 de agosto como prazo final para negociar um acordo mais abrangente para aliviar as tensões comerciais, ou as tarifas voltariam para os 145% no lado americano e 125% no lado chinês. Uma fonte da Casa Branca citada pela agência Reuters disse que os 55% anunciados por Trum representam a soma de uma tarifa ‘recíproca’ básica de 10% que Trump impôs sobre produtos importados de quase todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos; 20% sobre todas as importações chinesas derivados das medidas punitivas que Trump impôs à China, México e Canadá; e as taxas pré-existentes de 25% sobre importações da China que foram colocadas em prática durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca. Os dois dias negociações em Londres deram-se depois de uma ligação telefónica na semana passada entre Trump e o líder chinês Xi Jinping, que permitiu suprimir um impasse que havia colocado após um acordo preliminar firmado em Genebra, Suíça. O acordo de Genebra acabou por não surtir qualquer efeito devido às contínuas restrições da China às exportações de minerais essenciais, levando o governo Trump a responder com novos controlos de exportações, nomeadamente de chips, software de design de semicondutores e aeronaves. Segundo Howord Lutnick, o acordo alcançado em Londres remove as restrições às exportações chinesas de minerais de terras raras e algumas das recentes restrições à exportação dos EUA "de forma equilibrada", mas sem fornecer detalhes. "Chegámos a uma estrutura para implementar o acordo de Genebra e o apelo entre os dois presidentes", disse, acrescentando que ambos os lados irão agora apresentar o que foi decidido em Londres para ratificação presidencial. "E se for aprovado, implementaremos a estrutura". Bem mais contido, o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, disse que o acordo de princípio vai agora ser apresentado a Xi Jinping. A imprensa do país diz apenas que a China e Estados Unidos fizeram novos progressos nas negociações económicas e comerciais “após conversas profundas e francas de dois dias em Londres”, de acordo com um comunicado divulgado pelo lado chinês na quarta-feira. De 9 a 10 de junho, as duas maiores economias do mundo realizaram a sua primeira reunião do mecanismo de consulta económica e comercial China-EUA. Chegaram a um acordo de princípios sobre a implementação do importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado durante a conversa telefónica de 5 de junho e o conjunto de medidas para consolidar os resultados das negociações económicas e comerciais em Genebra”. As mudanças nas políticas tarifárias de Trump perturbaram os mercados globais, provocaram confusão nos principais portos e custaram às empresas milhões de dólares em vendas perdidas e custos acrescidos. De tal forma que, recorde-se, o Banco Mundial cortou sua previsão de crescimento global para 2025 em quatro décimos de ponto percentual, para 2,3%, dizendo que tarifas mais altas e
China e Estados Unidos chegaram finalmente a um acordo comercial: “está concluído", afirmou o presidente norte-americano, Donald Trump, nas redes sociais, horas após negociadores de Washington e Pequim concordarem em restabelecer uma frágil trégua comercial. No entanto, do lado chinês, o acordo não foi recebido da mesma forma, sendo visto como algo que ainda requer aperfeiçoamento. Trump expressou satisfação com os resultados das negociações realizadas em Londres, que contaram com a participação do secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e do vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.
"O nosso acordo com a China está fechado, sujeito à aprovação final do presidente Xi Jinping e à minha", disse Trump. Ele mencionou que "minerais essenciais e terras raras necessárias serão fornecidas pela China" e que os EUA também cumpririam o que foi acordado, incluindo a possibilidade de estudantes chineses utilizarem universidades americanas. Trump destacou que os EUA estão a receber um total de tarifas de 55%, enquanto a China receberia 10%. "O presidente Xi e eu vamos trabalhar juntos para abrir a China ao comércio norte-americano. Isso seria uma grande VITÓRIA para ambos os países!!!"
Apesar do otimismo, não ficou claro qual seria o cronograma para um acordo mais abrangente. Em Genebra, os dois lados estabeleceram o dia 10 de agosto como prazo para negociar um acordo mais amplo para aliviar as tensões comerciais, ou as tarifas voltariam a 145% nos EUA e 125% na China.
Uma fonte da Casa Branca, citada pela Reuters, explicou que os 55% mencionados por Trump incluem uma tarifa básica de 10% imposta sobre produtos importados de quase todos os parceiros comerciais dos EUA, além de 20% sobre importações chinesas resultantes de medidas punitivas e taxas pré-existentes de 25% sobre produtos da China.
As negociações em Londres seguiram uma ligação telefónica entre Trump e Xi Jinping, que ajudou a superar um impasse após um acordo preliminar em Genebra que não teve efeito devido às restrições da China sobre exportações de minerais essenciais. O governo Trump respondeu com novos controles de exportação sobre chips e software de design de semicondutores.
Segundo Howard Lutnick, o acordo alcançado em Londres remove as restrições chinesas sobre minerais de terras raras e algumas restrições às exportações dos EUA de forma equilibrada, embora sem detalhes específicos. "Chegámos a uma estrutura para implementar o acordo de Genebra e o apelo entre os dois presidentes", disse Lutnick, acrescentando que ambos os lados apresentariam os resultados das negociações para ratificação presidencial.
O vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, foi mais contido e afirmou que o acordo de princípio seria apresentado a Xi Jinping. A imprensa chinesa relatou que os dois países fizeram novos progressos nas negociações econômicas e comerciais após conversas profundas em Londres.
As mudanças nas políticas tarifárias de Trump afetaram os mercados globais, gerando confusão nos principais portos e custando milhões de dólares em vendas perdidas e custos adicionais para as empresas. O Banco Mundial, em resposta a essas incertezas, cortou sua previsão de crescimento global para 2025 em quatro décimos de ponto percentual, para 2,3%, citando o impacto de tarifas mais altas.