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Centro-esquerda finlandês não resiste aos ventos da guerra

Mais umas eleições na União Europeia, mais uma vitória para a direita e a extrema-direita, mais uma derrota para o centro e para a esquerda. As eleições para o Parlamento Europeu serão por certo um barómetro da influência da invasão da Ucrânia na Europa.

Depois de nova experiência social-democrata, a Finlândia é mais um país europeu que está em rota para a direita – para já para a direita conservadora, mas o fantasma da extrema-direita passou a estar muito presente. De facto, depois das eleições do passado domingo, a direita conservadora conseguiu obter 48 lugares no Parlamento (mais dez), com a extrema-direita do Partido dos Finlandeses a manter o segundo lugar, mas desta vez com 46 deputados, mais sete que na anterior composição parlamentar. Estará a social-democracia finlandesa a passar por uma crise identitária? Aparentemente não: o partido da até agora primeira-ministra Sanna Marin, o Partido Social Democrata, passou de primeiro para terceiro lugar, mas conseguiu 43 lugares no Parlamento, mais três que em 2019. O problema, portanto, é que a social-democracia cresceu, mas a direita cresceu ainda mais. A não ser que nas contas da social-democracia caiba também o Partido do Centro (o KESK), que não deixa de o ser apesar de se assumir como uma formação próxima do agrarianismo (uma construção ideológica que diz pouco à Europa do sul): conseguiu apenas 13 ligares, menos sete que os obtidos nas eleições de 2019.

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