O “programa progressista” do PSOE e do Unidas Podemos, que promete “transformar Espanha numa referência da modernidade na Europa”, repleto de medidas referentes às alterações climáticas, à inclusão das minorias e à desigualdade de género, e alicerçado numa forte subida da carga fiscal sobre as empresas e os mais ricos, foi apresentado na segunda-feira como uma enorme vitória do socialista Pedro Sánchez e do podemista Pablo Iglesias, líderes daquilo que promete ser o executivo espanhol mais à esquerda desde a Frente Popular de há quase um século. E poderá agora realizar-se graças ao elefante no canto da península que tanta porcelana tende a estilhaçar e que responde pelo nome de independentismo catalão.