A competitividade, no paradigma económico do século XXI, não se mede apenas por indicadores financeiros tradicionais ou pela produtividade marginal e vantagens comparativas, mas também pela capacidade para criar resiliência sistémica. Nesse sentido, para termos uma União competitiva, temos de desenvolver uma arquitetura de mercado capaz de responder, simultaneamente, a três grandes desafios: a transição energética e climática, com os seus custos de ajustamento; a revolução digital, que redefine as fronteiras da possibilidade de produção; e a autonomia estratégica, condição essencial num contexto de globalização.
Bússola para a Competitividade: é preciso fazer acontecer
A União Europeia (UE) enfrenta, atualmente, um dos momentos mais críticos da sua história económica. Após ultrapassar a crise da dívida soberana, que expôs as fragilidades da união monetária, e de superar o choque sistémico das medidas pandémicas, a UE encontra-se numa encruzilhada macroeconómica. A capacidade de reinvenção do seu modelo produtivo e do seu potencial de inovação determinará se a União será protagonista ou mera espectadora no desenvolvimento económico das próximas décadas.
