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Bolsas terminam a semana no 'verde', depois dos dados sobre a inflação na Zona Euro

Apesar dos bons dados da semana passada, esta semana as atenções vão estar viradas para as decisões de alguns bancos centrais sobre as taxas de juro e para os dados sobre a criação de emprego não agrícola dos Estados Unidos.

A semana passada foi uma semana complicada para as bolsas, mas os principais mercados europeus conseguiram terminar no 'verde', com o índice português, PSI, a arrecadar mais 0,63%, atingindo os 6.090,33 pontos. Os bons resultados no fim da semana coincidiram com a divulgação dos dados da inflação na Zona Euro, que registou um abrandamento superior ao esperado, dos 5,2% em agosto para os 4,3% em setembro.

Na última sessão da semana, a Navigator foi a cotada que obteve o melhor resultado, com uma subida de 4,94%, para os 3,568 euros, seguida dos CTT que ganharam 4,19% para 3,48 euros. Já a Semapa aumentou 2,41% para 13,60 euros e a EDP Renováveis avançou 2,07% para 15,52 euros.

Já o pior desempenho de sexta-feira foi para o BCP, que perdeu 0,72% para 0,2604 euros, seguido da Galp, que desceu 0,64% para 14,04 euros.

As principais praças europeias registaram um ligeiro ganho, depois das boas notícias sobre a inflação na Zona Euro, com o francês CAC40, a aumentar 0,37% para 7.142,44 pontos e o espanhol, IBEX35, a avançar 0,01%.

Pelos Estados Unidos a semana foi marcada, também, por bons indicadores que contribuíram para que Wall Street registasse ganhos na abertura. Durante a semana foi revelado que o deflator de preços, a métrica de inflação favorita da FED para definição de política monetária, teve o menor aumento mensal desde 2020, dados que, segundo o analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, "trazem esperança de menor agressividade dos bancos centrais e levaram a um alívio das yields de dívida soberana, ao longo do dia, impulsionando os setores mais cíclicos".

Já esta semana vai ser marcada pelas decisões sobre as taxas de juro de alguns bancos centrais, como é o caso do Banco da Reserva da Austrália (RBA) e o Banco da Reserva da Nova Zelândia (RBNZ). No entanto, os olhares vão estar focados nos dados que vão ser divulgados sobre a criação de emprego não agrícola dos Estados Unidos, "uma vez que a Reserva Federal (Fed) ainda depende muito dos dados para determinar se deve prosseguir com o seu último aumento de taxas antes do final do ano", salienta Nuno Mello, analista da XTB.

É esperado que o preço dos combustíveis se mantenha igual nesta semana, sendo que durante a semana passada os preços da gasolina subiram 0,8 cêntimos, enquanto que o preço do gasóleo manteve-se inalterado. No final do dia de sexta feira as cotações do petróleo, Brent e WTI, estavam a perder, sendo que o barril de Brent estava a ser negociado a um preço de 92,86 dólares.