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Bolsas europeias terminam semana no 'verde' apesar dos sinais negativos da Alemanha

A bolsa de Lisboa encerrou as negociações de sexta-feira em terreno positivo, em linha com o sentimento geral entre as mais importantes praças europeias. Os índices escaparam assim aos dados macro nada animadores divulgados na maior economia da zona euro.

A bolsa de Lisboa acompanhou o sentimento geral das praças europeias ao encerrou a semana a subir 0,34% na sexta-feira, até aos 6.334,58 pontos. O BCP tomou a liderança, na medida em que os títulos daquele banco valorizaram 1,35% e alcançaram os 0,3008 euros na sessão.

Também a negociar em terreno positivo terminou a Jerónimo Martins, que deu um salto de 1,19% e alcançou os 22,04 euros, ao passo que a Sonae se adiantou 1,01% e ficou nos 0,9465 euros. Logo atrás, a Galp somou 0,93% e as ações da petrolífera encerram em 13,57 euros. Em sentido contrário, sobressaiu a cotação da EDP Renováveis, ao cair 2,32%, até aos 15,56 euros.

Entre os principais índices europeus, o sentimento foi igualmente positivo, com a Itália na liderança, ao ganhar 0,65%, ao passo que Espanha se adiantou 0,33%. Seguiram-se o índice agregado Euro Stoxx 50, em 0,27% e França, com 0,20%. A subida mais ligeira foi do Reino Unido, na ordem de 0,06%.
 
No caso do índice alemão, registou-se uma subida de 0,22%, apesar de os dados macro divulgados nas primeiras horas da sessão não serem nada animadores. Nesse sentido a economia alemã recuou 0,1% no terceiro trimestre, ao passo que a confiança dos agentes económicos subiu marginalmente em novembro. Em termos mensais, observou-se uma subida de 86,9 para 87,3. A variação é de tal forma ligeira que não faz desvanecer as projeções da generalidade dos analistas, que apontam para que aquela economia se mantenha estagnada ou caia numa recessão pouco profunda.
 
Quando foi dada por terminada a sessão, o barril de brent estava a subir 0,79%, até aos 82,06 dólares, ao passo que o crude recuava 0,22% e estava a ser negociado em 76,93 dólares por barril. Isto numa altura em que se regista um consumo bastante abaixo do esperado no continente europeu, que está a criar tensão entre os membros da OPEP+, de acordo com vários analistas. Em foco esteve o adiamento da reunião daquela organização numa decisão que, ao que parece, estará relacionada com algum descontentamento da Arábia Saudita face aos índices de produção de outros países. A dita está agora agendada para quinta-feira, dia 30.
 
É também na quinta-feira que o Eurostat vai dar a conhecer dados referentes à inflação na zona euro em novembro, depois dos mínimos de dois anos atingidos em outubro, quando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 2,9% em termos homólogos. Antes disso, esta segunda-feira, os Estados Unidos vão dar a conhecer dados sobre o número de casas vendidas em outubro.