As bolsas europeias arrancaram a semana numa tendência descente, esta segunda-feira, depois dos sinais negativos que chegaram da economia chinesa, com o crescimento a ficar aquém do esperado, ao passo que o desemprego jovem atingiu um novo recorde, acima de 21%. Por outro lado, o PSI avançou 0,49%, imune às tendências externas, ao mesmo tempo que os índices de Wall Street arrancaram a sessão em terreno positivo.
Por cá a bolsa de Lisboa avançou 0,49%, até aos 6.016,69 pontos. Destaque para a petrolífera Galp, que ganhou 1,87%, assim como para o banco BCP, que registou um acréscimo de 1,78%.
O PSI à tendência observada entre as praças europeias, que terminaram maioritariamente no vermelho, à exceção de Espanha, que não sofreu alterações. A queda mais acentuada deu-se nos mercados franceses, com uma perda de 1,12%, seguida pelo índice Euro Stoxx 50, que contraiu 0,98%. O Reino Unido tombou 0,37%, ao passo que a Alemanha recuou 0,23% e Itália deu um passo atrás na ordem de 0,18%.
A pesar nestas variações estará os sinais que chegam da China, onde a economia terá crescido menos do que o previsto no segundo trimestre. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em cadeia foi de 0,8%, o que correspondente a uma subida de 6,3% face ao período homólogo. Os números ficam aquém das expetativas dos mercados e dos analistas, que esperavam um crescimento na ordem de 7,3%. Ainda assim, os dados desapontantes que foram divulgados nas últimas semanas deixavam antever que o crescimento poderia ser inferior ao registado.
Imunes a estes dados ficaram os índices de Wall Street, que denotam uma maior resistência do que os mercados europeus, pelo menos no que diz respeito à reação imediata, a julgar pelo ponto em que estavam na abertura dos mercados em Nova Iorque. Ora, ao início da tarde, o índice industrial Dow Jones recuava 0,2%, com o empresarial S&P 500 a avançar 0,1% e o tecnológico Nasdaq a registar uma subida de 0,4%.
De todo o modo, a semana traz ainda muita expetativa da parte dos mercados. Já hoje, terça-feira, vão ser divulgados números de enorme importância nos EUA, nomeadamente no que diz respeito às vendas a retalho e à produção industrial, ambos indicadores referentes a junho. No dia seguinte, os dados mais recentes relativos à subida da inflação vão estar debaixo dos holofotes em Portugal, no Reino Unido e na zona euro.