A bolsa de Lisboa acompanhou as perdas das mais importantes congéneres europeias na sessão de terça-feira, já que o PSI caiu 0,97%, até aos 6.615 pontos. Lá fora, a banca espanhola viveu um dia 'vermelho' e arrastou consigo o principal índice de Madrid, ao passo que a indústria automóvel registou perdas, em reação a resultados abaixo das expetativas.
Por cá, as ações da Mota-Engil desvalorizaram mais do que quaisquer outras, em 4,14%, até aos 4,072 euros. Seguiu-se a Ibersol, ao derrapar 3,04%, para 7,02 euros, ao passo que a Corticeira Amorim perdeu 1,84% e terminou o dia nos 9,58 euros. A EDP Renováveis e a EDP tombaram 1,76% e 1,56%, respetivamente, até aos 12,87 e 3,526 euros por título, pela mesma ordem.
O BCP contrariou o sentimento negativo, já que a cotação de mercado subiu 0,92% e atingiu os 0,3286 euros nas negociações.
Entre as bolsas europeias o sentimento foi visivelmente negativo, num sinal de que o crescimento de 0,3% nas economias do euro até março não gerou ânimo nos investidores. As inseguranças podem estar ligadas à estabilização da inflação em Abril, nos 2,4%, que leva a crer que um corte no juros por parte do BCE pode demorar mais do que o previsto. Nesse sentido, de recordar que aquela instituição tem procurado gerir as expetativas sobre quando essa decisão pode vir a acontecer.
A queda mais acentuada regista-se no índice espanhol IBEX, na ordem de 2,29%, arrastado pelos títulos do banco BBVA, que tombaram 6,65%, até aos 10,175 euros. Em causa está a proposta efetuada pelo BBVA de fusão com o Sabadell. Depois da primeira tentativa ter caído por terra em 2020, o banco basco contactou o rival catalão e confirmou a decisão à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).
Os títulos do Banco de Sabadell registaram a variação inversa, ao subirem 3,37%.
De resto, entre as restantes praças internacionais mais importantes, Itália recuou 1,59%, enquanto o índice agregado Euro Stoxx 50 resvalou 1,22% e a Alemanha registou uma perda de 1,08%. França tombou 0,99%, ao passo que o Reino Unido cedeu 0,05%. Os números apresentados por várias empresas do sector automóvel foram determinantes para estas quedas.
Em plena earnings season, Stellantis e Volkswagen apresentaram contas referentes ao primeiro trimestre e desiludiram de forma clara os investidores, a julgar pela variação das respetivas cotações de mercado.
A marca alemã registou um tombo de 20% ao nível dos lucros, de tal modo que desvalorizou 4,64% em bolsa na terça-feira. No caso do grupo Stellantis, registou-se um recuo de 12% nas receitas e a empresa, cotada na praça de Paris, perdeu mais de 10% na sessão.