Nem populista de extrema-direita, nem militar com medo da reforma antecipada, nem um esquerdista com propensão para a ditatorialidade. Bernardo Arévalo (de 64 anos), o novo presidente da Guatemala, é sociólogo, doutor em Filosofia e Antropologia Social e diplomata especialista em resolução de conflitos. Venceu a segunda volta das eleições com mais de 59% dos votos e aparentemente não quer nada. Nem ser o próximo ‘pai’ da Guatemala, nem levar o seu povo a um destino qualquer que lhe estivesse traçado, nem impor o seu país no seio do delapidado sub-continente da América do Sul. Não quer nada, a não ser, aparentemente, que os guatemaltecos tenham acesso ao seu quinhão de felicidade. Sem grandes frases e tiradas para serem inscritas nos livros de história que alguém escreverá no futuro, nem proliferações de nacionalismos palermas que costumam envenenar os pobres povos sul-americanos.