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Belmiro: O homem das ruturas criativas

O homem que relançou a Sonae foi o mais importante empresário português do pós-Revolução de 1974. A própria Revolução tê-lo-á contagiado: desprezava o poder político e exigia a si próprio uma total independência nessa área. Negociador duro e focado nos interesses do grupo, soube, apesar de tudo, sair no momento certo, dando lugar à geração dos filhos.

Quando em março de 2015 o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, começou a passar as pastas para a geração que se lhe seguiria e passou a olhar para o grupo que criou quase do zero de uma forma mais distendida, foi alvo de diversas homenagens que passaram obrigatoriamente pelos testemunhos – entre abundantes encómios e previsíveis referências bastamente elogiosas – dos que com ele lidaram ao longo dos anos. Um desses testemunhos, de alguém que em 1973 teve uma entrevista de emprego na Sonae com Belmiro de Azevedo e mais tarde viria a ser ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, foi lapidar: “é um homem de ruturas criativas”.

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