Skip to main content

Banco Mundial corta crescimento da zona euro para 1,4% no próximo ano

O Banco Mundial manteve a previsão de crescimento económico para a zona euro em 0,7% para 2024, mas baixou em duas décimas a projeção para 2025, de 1,6% para 1,4%, à medida que a recuperação do crescimento das exportações e do investimento ganha ritmo. Já as projeções de crescimento da economia global para este ano foram revistas em alta, de 2,4% para 2,6%, com a entidade presidida por Ajay Banga a esperar que o crescimento mundial fique abaixo do histórico e estabilize até 2026.

O Banco Mundial manteve a previsão de crescimento económico para a zona euro em 0,7% para 2024, mas baixou em duas décimas a projeção para 2025, para 1,4%, assinalando um crescimento do PIB com a recuperação das exportações e do investimento. Já as projeções de crescimento da economia global para este ano foram revistas em alta, de 2,4% para 2,6% com a organização presidida por Ajay Banga a estimar que a economia global cresça abaixo do histórico e estabilize até 2026, devido às "crescentes tensões geopolíticas" Ucrânia e Faixa de Gaza e às taxas de juro elevadas.

Para a zona euro, as perspetivas económicas do Banco Mundial mantêm um crescimento da economia da zona euro em 0,7% em 2024 (em janeiro esta previsão tinha sido revista em baixa de seis décimas que a estimativa anterior de 1,3%) e 1,4% em 2025 (menos duas décimas face às previsões anteriores). Segundo a instituição financeira o crescimento do PIB da zona euro deste ano será apoiado por uma recuperação dos rendimentos reais das famílias a par de um crescimento "ainda moderado" do investimento e das exportações.

Em 2025, o crescimento previsto é de 1,4%, diz, "à medida que a recuperação do crescimento das exportações e do investimento ganha ritmo, beneficiando este último de taxas diretoras [do Banco Central Europeu] mais baixas e da absorção de fundos da UE". E em 2026, a atividade económica deverá expandir a um ritmo relativamente estável de 1,3%, “ligeiramente acima das estimativas de crescimento potencial, uma vez que as reformas no âmbito do plano NextGenerationEU da União Europeia começam a dar frutos”.

A organização presidida por Ajay Banga sinaliza ainda uma ligeira alta as projeções de crescimento da economia global para este ano, de 2,4% para 2,6%, estimando que a economia global cresça abaixo do histórico e estabilize até 2026, devido às "crescentes tensões geopolíticas" Ucrânia e Faixa de Gaza e às taxas de juro elevadas. E no próximo ano, a entidade prevê mais uma décima do que o previsto para 2024, devido a um crescimento modesto do comércio internacional e do investimento.

Para o Banco Mundial, tanto nas economias avançadas como nas economias emergentes e em desenvolvimento, “apesar de uma melhoria nas perspetivas de crescimento no curto prazo, as perspetivas são moderadas face ao histórico”, acrescentando o relatório que “espera-se que o crescimento mundial ao longo do horizonte de previsão seja quase meio ponto percentual abaixo do seu ritmo médio de 2010-2019".

Para o próximo ano, a previsão de crescimento global mantém-se nos 2,7%, a mesma taxa de crescimento prevista para 2026, contrastando com o ritmo médio de crescimento da economia global de 3,1% entre 2010 e 2019.

Para este ano e os próximos dois, as previsões do Banco Mundial sinalizam, assim, um crescimento da economia global com "um desempenho inferior à média de 2010 em quase 60%" das economias em todo o mundo, incluindo na Zona Euro, afetando "mais de 80% da população e da produção mundial".

Quanto à inflação global, o Banco que deverá abrandar, embora "a um ritmo mais lento do que o anteriormente previsto", atingindo uma média de 3,5% este ano, considerando que deverá levar a uma maior cautela por parte dos bancos centrais na redução das taxas de juro oficiais dado que “é provável que as taxas de juros globais permaneçam elevadas em comparação aos padrões das últimas décadas — com uma média de cerca de 4% entre 2025 e 2026, aproximadamente o dobro da média de 2000–2019″.