Os mercados europeus e norte-americanos registaram quedas fortes na sessão desta terça-feira, 8 de agosto, com particular incidência no sector da banca.
A bolsa de Wall Street acordou com os principais em queda, com os investidores a perderem confiança no sector. Na origem deste comportamento está nos cortes de rating por parte da Moody's de determinados bancos norte-americanos de média dimensão, ao passo que outros, de grande porte, foram colocados em revisão, num sinal de que também poderão ver o seu rating ser reduzido num futuro próximo.
O impacto desta decisão fez-se notar na segurança dos investidores, de tal forma que os três mais importantes índices iniciaram a sessão em queda. Nas praças europeias a sensação foi idêntica, incluindo em Lisboa, que registou uma queda menos expressiva. Destaque para Itália, onde a banca caiu de forma acentuada, depois de o governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, ter anunciado um novo imposto sobre os lucros extraordinários da banca.
O principal índice da bolsa italiana recuou 0,14%, mas o Itália 40, onde estão cotados vários bancos caiu 2,09%. As quedas observadas naquelas instituições bancárias ultrapassam 5% na maioria dos casos, de acordo com uma análise do departamento de mercados acionistas do Millenium Investment Banking.
Por cá, o índice da bolsa de Lisboa contraiu 0,08%, com o BCP a seguir o sentimento geral do sector bancário ao registar a maior queda, na ordem de 3,54%. Segue-se a Ibersol, ao perder 1,47%. No terreno positivo, destaque para as elétricas, já que a Greenvolt avançou 1,20% e a EDP Renováveis subiu 1,15%.
Entre os restantes mercados europeus, o índice agregado Euro Stoxx 50 tombou 1,11%, ao passo que a Alemanha escorregou 1,10%. França perdeu 0,69%, ao passo que Espanha escorregou 0,61% e o Reino Unido desvalorizou 0,38%.
Esta quarta-feira é dia de divulgação da taxa de desemprego em Portugal no segundo trimestre em Portugal, assim como vai ser conhecida a balança comercial de bens e serviços do mês de junho.