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Banca ibérica tomba e petróleo dispara em véspera de reunião da OPEP+

As petrolíferas registaram subidas acentuadas, em reflexo da subida dos preços do barril, decorrente das tensões no Médio Oriente. De resto, o dia foi de perdas generalizadas, nomeadamente na banca.

Esta terça-feira foi de quedas generalizadas nas bolsas europeias, numa sessão marcada por um tombo na banca ibérica. Em sentido contrário, as cotadas da indústria petrolífera registaram ganhos, em reflexo da subida dos preços do barril.

Na bolsa de Lisboa, o índice PSI caiu 0,80% e ficou-se pelos 6.738 pontos, arrastado sobretudo pelas desvalorizações do BCP e da Mota-Engil. As ações do único banco cotado naquele índice caíram 4,37% e ficaram-se pelos 0,3877 euros, em linha com o dia negativo que se viveu na banca europeia, sobretudo em Espanha.

São de salientar as descapitalizações do BBVA, superior a 4%, assim como do Santander e Caixabank, que rondaram os 5%, a par do Unicaja Banco e do Banco de Sabadell, que se aproximaram de 6%. Olhando ao índice alemão, o Commerzbank perdeu 1,54%, depois de ter estado em máximos históricos logo ao início da manhã de terça-feira.

Simultaneamente, a Mota-Engil recuou 3,82%, até aos 2,468 euros, enquanto os CTT resvalaram 1,71%, para 4,32 euros. Por outro lado, a Jerónimo Martins adiantou-se 0,62%.

O grupo dono da marca Pingo Doce só foi ultrapassado pela Galp, que somou 1,22% e os títulos estavam a ser negociados em 17,01 euros. A petrolífera seguiu os ganhos que se registaram nas cotadas do setor, como são os casos da TotalEnergies e da Eni SpA, que se adiantaram mais de 1%, ou da BP, que valorizou mais de 2%.

Em causa estão as tensões crescentes no Médio Oriente, que conduzem a aumentos nos preços do barril de Brent e de crude, que rondavam 4% quando os mercados foram dados por encerrados.

Entre os principais índices europeus, foi notório o sentimento negativo, principalmente no caso de Espanha, já que o IBEX 35 perdeu 1,68%. Seguiram-se descidas de 1,01% em Itália, 0,95% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,81% em França e 0,64% na Alemanha. A exceção foi o Reino Unido, ao subir 0,45%.

Esta quarta-feira, o mercado petrolífero vai voltar a marcar a agenda nos mercados internacionais, já que está marcada uma reunião da OPEP+, numa altura em que se fala sobre a possibilidade de os países que fazem parte daquela organização aumentarem a produção de petróleo. Em simultâneo, o escalar de tensões no Médio Oriente, nomeadamente entre Israel e o Irão, deverá gerar volatilidade no mercado petrolífero.