Deixa-se arrefecer lentamente – se necessário, soprar com os alíseos, com a nortada, com o ‘meltem’, com um sudoeste na Gasconha, com a tramontana, com as tuas mãos nas minhas costas, com um passeio ao longo do Rift, com um ‘whisky’ ao pôr-do-sol, com o choro de uma criança que nasce ou o riso de outra que cresce, com uma evacuação de urgência debaixo de fogo, com uma festa à vida num planalto do Burundi, com uma cena de pancadaria num Porto do Mar Negro, com os cânticos de Hildegarde von Bingen, a 2.ª sinfonia de Mahler, o trompete de Miles Davis, os madrigais de Gesualdo, com os poemas de Pedro Tamen ou um romance do Thomas Pynchon, uma lagosta grelhada numa praia das Grenadines”.
Avenida da Liberdade, N.º 1: Um ser maravilhado com o que vive, sonha e ama
“Avenida da Liberdade, N.º 1” é editado pela Bookbuilders, uma chancela da Letras Errantes, e reúne uma seleção de textos do blogue, escritos entre 2003 e 2007.
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