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Atrás da porta e outras histórias: Sob o signo da melancolia

A história desenrola-se e percebemos que o psiquiatra é mais doente que o seu suposto doente. Doente de inação. Doente de cobardia. Doente de incapacidade de questionar o mundo.

Um número agigantou-se nos últimos dias. Um milhão de portugueses enfrentam sozinhos a quarentena. Dá que pensar. Assim como os sentimentos que os tomam de assalto. Falam em nostalgia, solidão, tristeza. Saudade. Faltam os abraços. Os telefonemas não chegam. A concentração tarda. A ansiedade sobe para níveis insuportáveis. Alguém me diz: “Vive-se atrás da porta”. Visualizo a porta entreaberta num fundo azul-petróleo. Mostra uma gaivota a espreitar. A porta é negra e o interior luminoso. Ficamos sem saber se a porta se vai fechar a qualquer instante. No canto superior esquerdo uma gaivota voa...

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