Vamos de férias com receio de que uma greve, de um pequeno grupo profissional, nos cause o maior dos transtornos, a todos nós, que nada temos que ver com o motivo da acção. Por causa de umas centenas, se tanto, são milhões que poderão ver arruinado o seu inegável direito ao descanso. Há quem diga que isto da greve devia ser regulamentado, que nem tudo é aceitável, é um poder desproporcionado, mas ouvindo e lendo o que se diz nesse sentido era bom não permitir que a irritação motivada pelo desconforto desta greve dê azo às razões erradas.
As virtudes do direito à greve
A única acção que se deve regular por um critério de proporcionalidade é a definição de serviços mínimos. E essa definição cabe ao Governo, com o maior tacto possível, garantindo os serviços mínimos, sem com isso minimizar o impacto que se espera de uma greve a ponto de constituir um boicote.
