Quem fala assim é Arturo Pérez-Reverte. Olhar penetrante, amável mas não dócil, o escritor espanhol tem um discurso sem contemplações. Não mede as palavras, solta-as sem freio. Diz-se escritor acidental, leitor acima de tudo. E marinheiro. Nasceu na cidade portuária de Cartagena, Espanha. A biblioteca do avô ofereceu-lhe mundos a perder de vista, erudição e desassossego. Aliás, diz que cresceu numa biblioteca e que depois pegou numa mochila com livros e foi correr mundo.