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Areias Brancas: Um livro para viajantes de sofá

Muitas viagens acabam por se tornar aventuras inconclusivas, instalando-se uma espécie de anticlímax, por vezes por excesso de expetativas, por vezes por chegarmos a nenhures, no meio de algo que não compreendemos, à procura do que, afinal, não existe ou – descobre-se na altura – não tem qualquer interesse. Outras viagens revelam-se extraordinárias pelo fascínio que sobre nós exercem os lugares visitados.

Em “Areias Brancas”, agora publicado em português pela Quetzal, o inglês Geoff Dyer encontra-se de novo em viagem, atravessando o planeta, vivendo essas aventuras inconclusivas. Da Polinésia Francesa – onde se desloca para as comemorações do centenário da morte de Paul Gauguin – a Tromsø e Svalbard, na Noruega, para ver as auroras boreais; da Cidade Proibida, em Pequim – com uma guia que poderá bem não ter sido guia –, a Quemado, no Novo México – onde, acompanhado de alguns amigos, visita “The Lightning Field”, uma instalação de arte na paisagem da autoria do escultor Walter De Maria; ou em Los Angeles, numa peregrinação em busca de uma casa onde terá vivido o filósofo alemão Theodore Adorno, Geoff Dyer escreveu um livro para viajantes de sofá e filósofos procrastinadores de todo o mundo.

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