António Lobo Xavier vai acumular a presidência não executiva da EDP com o lugar de vogal no Conselho de Administração do BPI, apurou o Jornal Económico.
Recorde-se que o advogado António Lobo Xavier foi escolhido para presidir ao Conselho Geral e de Supervisão da EDP, órgão equivalente a Conselho de Administração no modelo dualista, que fiscaliza a administração executiva e onde têm assento administradores independentes e representantes dos maiores acionistas da elétrica.
António Lobo Xavier foi eleito no BPI para um mandato 2023 - 2025 e ocupa o cargo de Vice-presidente do banco que tem como Presidente do Conselho de Administração Fernando Ulrich.
Segundo apurou o JE, Lobo Xavier deixa a vice-presidência, mas mantém-se vogal do Conselho de Administração do banco que é composto por 15 elementos.
A explicação para passar a vogal não executivo poderá estar relacionada com a exigência do Banco de Portugal de que os administradores de um banco tenham disponibilidade para a função.
Essa é também a razão para a saída da administradora Sandra Santos do Conselho de Administração do BPI que foi anunciada esta terça-feira oficialmente. O Jornal Económico sabe que a administradora do BPI renunciou porque irá para a administração não executiva da EDP, uma informação que não foi possível confirmar, e ainda irá para o board de uma instituição internacional.
O Conselho de Administração do Banco BPI informou esta terça-feira o mercado que decidiu cooptar como novo vogal não executivo e membro da Comissão de Riscos Maria Inês Martins Valadas que entra para substituir Sandra Santos.
"O BPI refere que a nomeação da nova administradora resulta do pedido de renúncia apresentado pela administradora Sandra Santos", avançou o banco.
O início do mandato desta nova administradora “fica dependente do necessário parecer das autoridades de supervisão”, diz o BPI na nota.
Estas são apenas mais algumas das mudanças recentes na administração do BPI. No dia 19 de fevereiro o Banco BPI anunciou ao mercado a cooptação de dois novos administradores executivos. Ana Rosas Oliveira e Afonso Fuzeta Eça juntam-se à Comissão Executiva liderada por João Pedro Oliveira e Costa na sequência do pedido de renúncia apresentado pelos administradores executivos Pedro Barreto e Francisco Barbeira, “com quem foram celebrados acordos de cessação dos vínculos com o BPI”. A saída relâmpago dos dois administradores foi fruto de um desentendimento entre Francisco Barbeira e Pedro Barreto, que tornava hostil o ambiente na Comissão Executiva.
Afonso Eça e Ana Rosas Oliveira também aguardam o "necessário acordo das autoridades de supervisão".