A eurodeputada Ana Gomes disse ontem, na terceira Conferência Internacional sobre Prevenção e Deteção do Branqueamento, que a crise de 2008 e as que lhe seguiram chamaram a atenção das autoridades europeias para situações desse género. Entre outros casos, referiu o exemplo da fraude-carrossel que todos os anos “desvia cerca de 50 mil milhões de euros do Orçamento Europeu para organizações criminosas”.
“O caso LuxLeaks foi absolutamente determinante para se constituir a primeira comissão de inquérito do Parlamento Europeu. A partir daí, falando com agentes da indústria, dos bancos, governos, sociedade civil e whistleblowers, foi possível fazer com que o Parlamento Europeu interagisse com a Comissão”, disse a eurodeputada ao Jornal Económico, após participar na conferência organizada pelo Observatório Português de Compliance e Regulatório (OPCR) na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Ana Gomes e Carlos Lobo, partner da EY, foram os keynote speakers.