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Ameaça de novas subida de juros não impede fecho de semana no 'verde'

O aperto das políticas monetárias não deverá ser para travar, a avaliar pelos sinais deixados pelo BCE e a Fed, na sexta-feira. Os mercados europeus reagiram com subidas tímidas, ao passo que o sentimento em Wall Street foi mais otimista.

O presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell, deixou na sexta-feira a porta aberta para uma nova subida nas taxas de juro diretoras. Seguiram-se as declarações da responsável pelo do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que alertou que o combate à inflação ainda não está ganho.

https://jornaleconomico.pt/noticias/eua-powell-mantem-discurso-agressivo-e-porta-aberta-a-novas-subidas-de-juros/

Na sessão bolsista do mesmo dia, os mais relevantes índices europeus e de Wall Street encerraram em terreno positivo, num sinal de que a ideia de um novo apertar nas políticas monetárias não terá tido um impacto acentuado no sentimento geral dos investidores.

Por cá, Lisboa adiantou-se 0,93% na última sessão da semana passada e levou a melhor sobre as mais importantes praças europeias. Destaque para a subida no preço das ações da Sonae, em 2,22%, ao passo que os títulos da Altri valorizaram 1,83%.

Lá fora, o índice de Itália foi o que mais avançou, na ordem de 0,49%. Seguiu-se França, que ganhou 0,21%, enquanto Espanha deu um salto de 0,15%. O índice agregado Euro Stoxx 50, assim como como os índices do Reino Unido e Alemanha, avançaram de forma muito ligeira, abaixo de 0,1%.

Do outro lado do Atlântico, na bolsa de Wall Street, o sentimento dos investidores foi bastante mais otimista, com particular destaque para as tecnológicas, na medida em que o índice Nasdaq ganhou 0,94% na sessão de sexta-feira. Seguiram-se o industrial Dow Jones e o empresarial S&P 500, a valorizarem 0,73% e 0,67%.

As taxas de inflação desaceleraram em julho, tanto na zona euro, onde subiu 5,3% face ao mesmo mês do ano passado, como na União Europeia (UE), para um aumento de 6,1%. Nesse sentido, continuam demasiado elevadas, já que o limite definido como saudável pelos bancos centrais está fixado em 2%, pelo que BCE e Fed continuam a analisar as economias, de forma a implementar novos apertos ao nível da política monetária.

Nesse sentido, os dados que vão ser revelados na semana que se inicia deverão ter grande importância, com a divulgação de dados sobre a inflação a dominar a cabeça dos investidores. Vão ser conhecidas as variações relativas ao mês de agosto nos preços na zona euro e em vários países que dela fazem parte, como é o caso de Portugal, na quinta-feira. Juntam-se ainda Espanha, França e Alemanha. Saindo da zona euro, os EUA vão divulgar também dados relativos à inflação.