O novo Governo herda uma situação macroeconómica sem equiparável na história democrática nacional, um excedente orçamental de 1,2% do PIB, acima de três mil milhões de euros. Ainda assim, os economistas ouvidos pelo JE alertam que a folga não é tão avultada como parece e que boa parte deste montante já está comprometido, dado que resulta sobretudo da conta da Segurança Social. Como tal, a margem para subir salários e cortar impostos afigura-se reduzida, obrigando a escolhas políticas.