As buscas na câmara do Funchal estiveram em destaque ao longo do dia de ontem com acusações contra o presidente da região, bem como do presidente da Câmara Municipal do Funchal. Os partidos também foram reagindo à medida que surgiam desenvolvimentos sobre a polémica que estalou na região. Chega e IL questionavam-se se o líder do PSD iria manter confiança em Miguel Albuquerque, mas Montenegro assegurou que se mantêm intacta. Por sua vez, Miguel Albuquerque afirmou estas de consciência tranquila.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, garantiu que não se vai demitir da presidência e diz estar de consciência tranquila quanto às buscas que se realizaram na Região Autónoma da Madeira. O governante acrescentou que o executivo está a colaborar de forma "ativa" com a Polícia Judiciária (PJ) para fornecer todos os elementos necessários.
Da parte do líder do partido tem apoio total, uma vez que Luís Montenegro reiterou que mantém a confiança em Miguel Albuquerque, apesar das buscas realizadas durante o dia. O líder social-democrata afirmou que politicamente nada se altera, pese embora as suspeitas.
Além disso, para Montenegro as buscas “não têm impacto direto” na campanha da Aliança Democrática (AD).
O primeiro partido a reagir foi o Chega e tinha pedido que Montenegro esclarecesse o seu apoio a Albuquerque. A par com esse esclarecimento, Ventura frisou que "este não é apenas um caso, são suspeitas muito graves". "Quem está à frente do Governo não pode estar sob suspeita de corrupção".
António Costa "demitiu-se porque é suspeito pela prática de um crime e a mesma bitola vejo difícil que não se aplique a Miguel Albuquerque, sendo que ele é um dos principais suspeitos e fica muito difícil ter condições políticas", destacou.
Do lado da IL, o presidente Rui Rocha pediu explicações a Miguel Albuquerque. "Aquilo que nos parece evidente é que Miguel Albuquerque tem nas próximas horas, nos próximos minutos, de vir dar explicações às pessoas e dizer, sobretudo, se considera que tem ou não condições para continuar em funções".
Por sua vez, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real disse que “seria precipitado tirar consequências políticas”. "Não existe ainda nenhuma acusação e não existindo uma acusação seria, da nossa parte, precipitado estarmos a tirar consequências politicas daquilo que não existe”, sublinhou Inês Sousa Real.
A líder do PAN acrescentou ainda que o partido não vai “queimar em praça pública a credibilidade das pessoas, como não o fizemos noutros momentos”.