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Ainda somos sujeitos?

Os ‘big data’ só se alimentam do passado. O resultado é algoritmos que são tão filhos da Inteligência Artificial como da segregação. Por exemplo, softwares de reconhecimento facial que imputam rótulos de sociabilidade, marginalidade com base na cor da pele, na etnia, no género

É sempre difícil tirarmos as medidas às mudanças que acontecem no nosso tempo. A hiperindustrialização contemporânea transbordou há muito da indústria dos objectos, industrializando a vida animal, os ecossistemas, as paisagens turísticas, com todo o perigo que isso implica do ponto de vista da sustentabilidade do planeta e das razões de uma convivialidade melhor. Mas hoje temos também uma indústria das subjectividades, que produz intensivamente desejos, emoções e crenças para massas de consumidores, como se produzisse carros, e que as engorda e igualiza como frangos ou fruta normalizada.

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