Enquanto a evolução da pandemia e o seu prolongamento no tempo ainda permanecem uma incógnita, as dúvidas quanto aos seus fortes impactos económicos e estruturais vão desvanecendo. Os dois principais bancos centrais – a Reserva Federal nos Estados Unidos e o BCE na Europa – já admitiram mesmo que a recuperação económica plena nos dois lados do Atlântico ainda demorará a chegar. Uma questão que se coloca cada vez mais já não é tanto se esta crise irá passar rapidamente, mas que impactos e mudanças duradouros trará para as nossas vidas no futuro, dado que, historicamente, as crises tendem a forçar mudanças estruturais.