Ao cabo de sete penosos anos, a União Europeia anunciou no penúltimo dia do pouco auspicioso 2020 um acordo que pretende ser de largo espectro com a China – não mais que um “acordo de princípio”, para já – que, nas palavras da Comissão Europeia liderada pela alemã Ursula von der Leyen, “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, necessário por “a União ter sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”.
ACORDO UE-CHINA: Investidores europeus querem portas abertas
Não passa ainda de um mero acordo de princípio que tem de ser ratificado no Parlamento Europeu, o que não vai ser fácil, mas Bruxelas e Pequim querem ser parceiros económicos privilegiados. Líderes europeus esperam maior reciprocidade na abertura ao investimento estrangeiro, Washington vê tudo como uma má notícia, após quatro anos de guerra de Trump ao multilateralismo, mas para a China é mais um passo numa renovada globalização que Xi Jinping quer manter na órbita da sua influência direta.
