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A ONU ainda faz sentido? Depende dos pontos de vista

Confronto : Jaime Nogueira Pinto acha que não, Francisco Seixas da Costa considera que sim. Num mundo onde as guerras se prolongam, os refugiados se contam por milhões e os esfomeados também, qual é o papel de uma organização de 193 membros onde só cinco mandam?

No meio de duas guerras a que não se consegue colocar um fim (ou ao menos um interregno), no quadro do drama dos refugiados e no contexto da epidemia da fome as Nações Unidas promoveram a sua 79ª assembleia-geral. É um lugar de onde todos os anos emana uma dúvida: afinal, a ONU serve para o quê?
Duas ‘escolas’ têm pensamento sobre a matéria: uma que recusa qualquer lógica à organização e que tende a vê-la como uma espécie de órfão da Guerra Fria; e outra que lhe encontra virtudes para além da guerra e da paz. Ambas convergem na evidência de que o ‘cancro’ da ONU só tem um nome: Conselho de Segurança. Jaime Nogueira Pinto e Francisco Seixas da Costa fazem parte dessas escolas, cada um na sua, e o JE ouviu os dois sobre o assunto.

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