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“A CP vai comprar comboios. Chegou a altura da Alstom regressar a Portugal”

O responsável europeu pela Alstom, o segundo maior construtor ferroviário mundial - logo a seguir aos chineses - considera que chegou o momento de regressar ao mercado português para vender comboios.

Gian Luca Erbacci é verdadeiramente o “pai” dos comboios pendulares da Fiat que circulam em Portugal. Foi responsável pelo fabrico destes comboios. Em entrevista exclusiva ao Jornal Económico, via internet, do seu gabinete, na sede da Alstom, em Paris, esboça um sorriso quando diz que está contente por ver que os seus pendulares ainda hoje circulam, volvidos mais de 20 anos. Atualmente, Gian Luca é o presidente da Alstom Europa, lidera uma região onde a Alstom emprega 43.100 trabalhadores. Além da Europa, o Grupo Alstom, agora fundido com a Bombardier (depois de uma tentativa malograda de parceria entre a Alstom e a Siemens) tem mais 12.200 trabalhadores no continente americano, 4.900 em África, na península arábica e na Ásia central e ainda mais 11.500 na ásia-Pacífico, num total mundial de 70 mil trabalhadores. O Grupo Alstom está presente em 70 países, tem uma capacidade técnica elevada, proporcionada por 17.500 engenheiros, 150 mil veículos alocados a serviços comerciais, mais de 9.500 patentes, e parcerias em 300 cidades. Gian Luca refere que “tudo está a andar bem”. Neste contexto, anuncia a reentrada do seu grupo no mercado português. Sobre resultados, o presidente da Alstom Europa recorda que entre 1 de abril de 2020 e 31 de março de 2021, a Alstom registou um volume de pedidos de encomendas de 9.100 milhões de euros (incluindo 664 milhões de euros correspondentes à contribuição da Bombardier Transportation, embora apenas relativa a dois meses), consolidando “uma carteira de encomendas recorde de 74.500 milhões de euros” - sublinha. Neste período, o volume de negócios atingiu os 8.800 milhões de euros. O lucro operacional ajustado (aEBIT) do Grupo Alstom ascendeu a 645 milhões de euros e o resultado líquido ajustado atingiu os 301 milhões de euros. Como a CP vai fazer compras, Gian Luca diz que “chegou a altura da Alstom regressar a Portugal”.

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