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“A Alemanha já deu provas que consegue dar a volta”

O antigo presidente da Câmara de Lisboa e ex-ministro das Finanças reflete sobre o problema da dívida pública americana e sobre o risco de o dólar deixar de ser a moeda de reserva global. Envolve a China neste xadrez em movimento permanente desde que Donald Trump escolheu um caminho pouco convencional ou arriscado para a economia americana. E defende que a União Europeia tem de seguir o plano Draghi.

Os mercados desconfiam cada vez mais da capacidade de os EUA pagarem o montanha de dívida que têm e que vai aumentar mais ainda. Temem que haja uma qualquer espécie de ‘default’. Como avalia este risco?
O risco de um default no sentido exato do termo, ou seja, 0o não pagamento (ou adiamento) de parte do principal e ou dos juros é algo difícil de imaginar para um país cuja dívida está denominada na sua própria moeda e que detém por isso um banco emissor. O risco real que existe é de ser cada vez mais difícil aos EUA emitirem dívida a custos comportáveis para o andamento da economia. Na verdade, olhando para o stock de dívida, mas sobretudo para a dimensão dos défices e mais ainda para o total alheamento da administração americana quanto a este problema, é natural que os investidores possam vir a exigir juros mais elevados, o que, naturalmente agravará o problema.

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