A 6 de março de 1921, reunidos na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, vários militantes do sindicalismo revolucionário e do anarco-sindicalismo elegem a direção do Partido Comunista Português (PCP), depois de várias reuniões iniciais. Dava-se assim o pontapé de saída para a formação do partido mais antigo em Portugal e um novo impulso à consciencialização política dos trabalhadores. Produto do ambiente de radicalização no pós-Primeira Guerra Mundial, o PCP afirmou-se como o partido do proletariado contra a “exploração capitalista” e deu eco à ortodoxia marxista-leninista, que nunca abandonou. A completar 100 anos de existência, é o mais resistente partido comunista da Europa, com marca indelével na história recente do país.