Os primeiros seis meses da prestação de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos atingiram, segundo vários observadores, as expectativas gerais – não apenas dos analistas de política internacional, mas também dos líderes de outros países (incluindo, por exemplo, a América Latina e a União Europeia). Por uma razão simples: face ao que foi a campanha eleitoral de Trump – que de forma totalmente surpreendente conseguiu levar de vencida a candidatura democrata de Hillary Clinton –, as expectativas eram as de que a prestação de Trump iria ser errática, centrada na proteção dos interesses americanos e agressiva face a um conjunto (não necessariamente o mesmo conjunto do seu antecessor, Barack Obama) de países considerados hostis. Nesse quadro, os seis meses de governação de Trump cumpriram à risca.