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‘Como conheci a Mary Anne’ e outras histórias de um senhor diácono

Vasco d’Avillez é um manancial de histórias, contadas de forma superior. Viagens de vida de um dos maiores conhecedores de vinhos do País, que vão desde o encontro ‘celestial’ com a enfermeira que é a sua esposa até às conversas no pátio do colégio com o seu amigo Manuel, atual Cardeal Patriarca de Lisboa.

Quem tem o privilégio de o conhecer, sabe que estar com Vasco d’Avillez é sinónimo de aprendizagem contínua e sã convivialidade, alimentadas por histórias deliciosas. Daí até uma grande amizade, é uma questão de tempo e sabedoria, que torna tudo mais simples e reconfortante. É assim que Vasco d’Avillez, de uma forma simples e reconfortante, encara o fim de 50 anos dedicados de forma executiva ao vinho, com o final de mandato à frente da CVR Lisboa aprazado para março próximo, e a sua dedicação mais a tempo inteiro no cargo de diácono, em que foi ordenado a 2 de julho, pelo seu amigo Manuel Clemente, aliás, Cardeal Patriarca de Lisboa.
“Aos 16 anos, tinha de fazer o 6º ou 7º ano do Liceu e a minha mãe disse-me: ‘Você não se tem dedicado muito. É dos mais velhos dos rapazes, tem de dar o exemplo, tem de se aplicar. Vou coloca-lo no Colégio São João de Brito’. Ao que eu respondi: ‘Obrigado, mãe. Vou-me aplicar, vou tentar ser responsável”, é assim que Vasco d’Avillez começa uma das suas saborosas histórias para explicar como chegou a diácono. Prossigamos: “Como tinha asma, não podia, não gostava, ainda hoje não gosto, de jogar futebol. No colégio, havia um outro aluno, católico praticante como eu, filósofo, com, que eu passei a conversar no recreio. Ao fim de umas semanas, disse à minha mãe que tinha um amigo novo. Ela perguntou-me o nome mas eu não lhe soube responder. Ao fim de várias conversas, captei o nome dele, Manuel Clemente, de Torres Vedras, de uma povoação chamada Feliteira. Disse à minha mãe e ela aconselhou-me: ‘Não o perca de vista’”.

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