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Sai um brinde duplo aos consumidores: tarifas transatlânticas, impostos nacionais

A globalização, com todas as suas imperfeições, moldou um mundo mais interligado e eficiente nas últimas décadas. A circulação livre de bens e serviços permitiu preços mais acessíveis, maior diversidade de oferta e o desenvolvimento de cadeias de produção que atravessam continentes. Contudo, o ressurgimento das tarifas e das guerras comerciais ameaça inverter este progresso – e o impacto recai diretamente sobre os consumidores. Portugal não é exceção.

Ilustração: Gonçalo Sena

O uso de tarifas como instrumento de política económica tem uma longa história. São frequentemente justificadas como formas de proteger a produção nacional, corrigir desequilíbrios comerciais ou responder a práticas desleais. Mas, no essencial, há um ponto que raramente é dito com clareza: tarifas são impostos sobre o consumo. Quando um país decide impor tarifas sobre produtos importados, está, na prática, a taxar quem os compra – ou seja, os cidadãos.

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