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Regressar às bases

Sendo os textos sobre o futuro sempre um temerário jogo de previsões, valerá a pena pensar se existem pressupostos que, apesar da direção do vento, serviriam de guia para pensar 2025. Se mais nada permitir, este modelo poupará com certeza quem lê a enfadonhas teorias e sobretudo salvará quem escreve do enorme embaraço de acertar ao lado – ainda que se arrisque, a partir de cada pressuposto, uma aposta nacional para 2025.

Pressuposto #1: economia aberta
O primeiro desses pressupostos, fundacional, é a defesa de uma economia aberta. Libertem-se dos prognósticos que já conhecem: juros a descer, inflação a suavizar. Recordem antes a antiga teoria económica de Schumpeter, na qual o austríaco defendia o princípio de que a criatividade gerava destruição criadora de valor. Hoje simples de perceber, essa teoria representa uma evidência elementar e demonstra que esses rasgos trouxeram, de facto, enormes saltos de produtividade sem provocar tsunamis sociais. Na verdade, mais pessoas vivem melhor do que antes e essas conquistas devem quase tudo aos saltos tecnológicos que aceleraram a produtividade, geraram mais empregos, criaram maior riqueza e enterraram de vez a terrível equação económica dos rendimentos decrescentes. Só a defesa dessa economia imprevisivelmente positiva será capaz de continuar a fazer girar em 2025 um sistema onde, cabendo sempre mais aspirações individuais, se mantém o cimento dos objetivos coletivos.

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