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O regresso das ditaduras

Se o nacionalismo está quase sempre presente, os novos regimes autoritários são bem menos ideológicos do que os do passado e o seu discurso legitimador aponta para a «ordem» e o «bem-estar» da sociedade, com mais elementos miméticos das democracias.

Após algumas décadas de inúmeras transições do autoritarismo à democracia no final do século XX, estarão as ditaduras de regresso?
De facto, entre antigas e novas, as ditaduras dominam hoje mais de um terço do mundo. Aliás, a Freedom House estimava, em 2019, que a liberdade global se encontrava em declínio. No entanto, mais importante do que o seu número – e como, sob o ponto de vista do poder internacional, os países não são todos iguais –, é fácil de observar que o autoritarismo domina grandes potências, como a Rússia e a China, ou países com grande importância estratégica para o mundo, como alguns produtores de petróleo e de outras matérias-primas, como nos casos da Arábia Saudita e das monarquias do Golfo, ou da Venezuela de Chávez e Maduro.

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