A efeméride do bicentenário da independência do Brasil introduziu, na imprensa e na academia portuguesas, uma reflexão sobre a relação luso-brasileira que não é comum. Prevaleceu a análise do passado – o império, o colonialismo e as suas marcas nos dois países – mas também se conjecturou sobre o estado do relacionamento e as suas potencialidades.
O paradoxo luso-brasileiro
A narrativa da fraternidade, dos laços de amizade histórica, da partilha da língua é parte da relação luso-brasileira e tem dificultado a construção de uma sintonia entre a auto-imagem de um país e a respectiva percepção pelo outro.
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