Skip to main content

Derivados: uma torre de Babel com 15 zeros

Warren Buffett chamou-lhes “arma de destruição massiva” e a crise financeira de 2008 quase lhe deu razão.

Quanto vale afinal o mercado de derivados? De acordo com o Bank for International Settlements (BIS), o banco central dos bancos centrais, o valor total dos contratos de derivados negociados fora do mercado regulamentado (OTC) ascendia, em junho de 2015, a 553 biliões de dólares, abaixo do pico registado em 2012, quando atingiu os 700 biliões de dólares. Mas estimativas audaciosas, como a de Paul Wilmott, um especialista na matéria, doutorado em matemáticas aplicadas pela Universidade de Oxford, apontam para uns desconcertantes 1,2 triliões de dólares, ou, em todo o seu esplendor: 1.200.000.000.000.000,00. Um valor obsceno, só apreensível quando colocado em perspetiva – cerca de quatro vezes o valor de todos os ativos existentes no mundo, ou mais de 15 vezes o valor do PIB global. Uma torre de Babel da engenharia financeira, que, na verdade, ninguém consegue avaliar com propriedade, e isso, por si só, seria já motivo de receio.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico