O comportamento dos mercados financeiros continua desfasado da realidade, o que se explica por dois motivos. Por um lado, há quem veja o “copo meio cheio” em termos de dados económicos, dado que os indicadores avançados mostram que o pior já pode ter passado e têm sido divulgados números relevantes de criação de emprego nos EUA. No entanto, essa leitura parece esquecer que uma coisa é a economia recuperar da paralisia de abril/maio e outra será regressar aos níveis de atividade pré-Covid. O outro fator, e provavelmente o mais relevante, é a chegada aos mercados financeiros de quantidades colossais de liquidez geradas pelos diversos Bancos Centrais. Grande parte dos estímulos não parecem estar a chegar à economia, mas valorizam os ativos financeiros. Esse facto torna ações e obrigações apetecíveis.