O mês de agosto tinha começado da pior forma para as bolsas mundiais. A época de resultados, não estando a revelar resultados extraordinariamente positivos, também não justificaria as quedas que se verificavam. Portanto, a justificação teria de ser encontrada noutros fatores. A ameaça de Donald Trump de aplicar tarifas alfandegárias adicionais à China e a resposta de Pequim, deixando o yuan desvalorizar, tornaram evidente que o conflito entre os Estados Unidos e a China não iria terminar rapidamente. Por outro lado, os dados económicos provenientes de várias geografias continuavam a dar sinais de abrandamento, pelo que estes dois fatores levaram a uma correção pronunciada nas cotações. O facto de estarmos em agosto acabou por fazer com que os movimentos fossem mais pronunciados. Com menos liquidez e num mercado em que os ETF – que uma vez vendidos obrigam a liquidações ao melhor preço - são cada vez maiores e mais importantes, há que relativizar um pouco os movimentos.