Nas últimas semanas, os principais bancos centrais têm vindo a intensificar a mudança das políticas monetárias. A Fed manteve a taxa de juro entre 2,25%-2,5%, mas Powell referiu um aumento das incertezas e que irá atuar de forma apropriada para sustentar a expansão da atividade, dando uma abordagem mais acomodatícia à política monetária norte-americana. Trump voltou a atacar o presidente da Reserva Federal, pressionando no sentido de efetuar cortes nas taxas de juro. Contudo, historicamente, facilmente se encontram exemplos sobre os danos na economia após um banco central se inclinar aos interesses políticos de curto-prazo. Powell tem ignorado os recentes fracos dados macroeconómicos, mas pressionado pelos mercados e sinais de abrandamento, um corte de taxas em julho é dado como certo, estando o mercado já a descontar a possibilidade de mais dois para este ano. No Velho Continente, Draghi deixou claro que o Banco Central Europeu irá provavelmente flexibilizar ainda mais a política monetária, caso a situação económica na zona euro não melhore, ou seja, abriu portas à possibilidade de voltar à compra de ativos ou até mesmo de um corte de 0,10% na taxa de juro de referência. A fraqueza na economia continua a ser uma fonte de preocupação para os membros do BCE, tendo em conta o crescimento lento, uma inflação com dificuldade em alcançar a meta do BCE e mesmo uma inflação core que afundou para os 1%. Até o Banco do Japão se juntou aos principais bancos centrais que têm vindo a dar “dicas” de flexibilização adicional. Kuroda sinalizou estar pronto para acelerar os estímulos à medida que os riscos globais obscurecem as perspetivas económicas. O banco central chinês também começa a dar entender que poderá baixar taxas.