Uma das características que os portugueses mais apreciam é o convívio às refeições, algo que foi posto em causa neste Natal pela ameaça da presença à mesa de um agente patogénico invisível e novo (Sars-CoV-2). Este foi um dos grandes paradoxos do Natal: numa altura em que mais se celebra o convívio próximo fomos obrigados ao distanciamento. A convivência e a proximidade à mesa ganharam novos significados: perigo, risco e medo – um novo léxico que desafia os princípios mais elementares de partilha e prazer à mesa tão celebrados pela Dieta Mediterrânica.