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Sonae MC vai realizar primeira oferta de ações em 'grey market' em Portugal

Este tipo de vendas está condicionado à efetiva emissão e permite que subscritores e emissor determinem a procura e o respetivo preço das ações antes da oferta pública de venda.

grey market é um mercado de valores mobiliários ao balcão, no qual os intermediários financeiros executam ordens de ações e títulos para clientes preferenciais antes de estes serem emitidos. Comum em outros países, é autorizado em Portugal, mas nunca tinha sido realizada uma operação do género. A Sonae MC irá tornar-se a primeira, após a operação ter sido aprovada, na passada quinta-feira à noite, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Depois de o preço ser fixado e de se apurarem o número de ordens e os resultados, haverá um período de dois dias até à data da liquidação. Ao terceiro dia, efetiva-se a operação. Mas ao longo dos dois dias de espera, os investidores vão poder realizar pré-ordens de compra em grey market. Em última análise, se a liquidação não se concretizar, toda a operação é anulada.

Essas vendas estão condicionadas à efetiva emissão e permitem que os subscritores e o emissor determinem a procura e o respetivo preço das ações antes da oferta pública de venda (OPV). No grey market, apesar de a ordens de compra serem vinculativos, apenas se tornar efetivas no início da negociação oficial.

"As ações serão negociadas numa base de 'admissão condicional'", explica o prospeto da operação. "A data em que se espera que ocorra a liquidação da oferta é o dia, ou por volta do dia, 23 de outubro de 2018, o segundo dia útil após a primeira data de negociação", acrescenta. "Todas as negociações com base nas ações em data anterior à liquidação e entrega, numa base de “admissão condicional”, serão liquidadas na, ou após a, data de liquidação".

A OPV das ações da Sonae MC vai começar esta segunda-feira e continua até dia 17 de outubro (no caso da oferta de retalho) ou 18 (no caso dos investidores institucionais). O intervalo de preço situa-se entre os 1,40 e os 1,65 euros por ação, o que avalia a empresa entre 1,4 e 1,65 mil milhões de euros. A entrada em bolsa está prevista para 23 de outubro.