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Recorde absoluto: 4404 milhões de euros em exportações de componentes automóveis

As 265 fábricas de componentes automóveis que laboram em Portugal baterem um recorde absoluto nas exportações concretizadas no primeiro semestre de 2019.

A indústria portuguesa de componentes automóveis bateu um recorde absoluto nas exportações realizadas no primeiro semestre de 2019, com um valor que ultrapassou os 4,404 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento homólogo de 2,6% e a um crescimento de 72% quando comparado com as exportações de 2010, revela a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

A informação da AFIA tem por base os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao comércio internacional de bens. Em relação aos destinos das exportações de janeiro a junho, a AFIA refere que mantêm a mesma tendência, apresentando Espanha (com 1,18 mil milhões de euros e um crescimento homólogo de 8,6%) e Alemanha (com 912 milhões euros e uma variação de 2,1% face ao mesmo período de 2018) como os principais destinos destas exportações, seguidos de perto pela França (656 milhões de euros e um crescimento homólogo de 1,9%) e Inglaterra (com 371 milhões de euros e um crescimento homólogo de 13,9%). O conjunto destes quatro países representa 71% do total das exportações deste segmento, estando os restantes 29% distribuídos por outros países europeus e outros de fora da Europa, como os EUA, Marrocos, China, México e Turquia.

Por região, as exportações de componentes enviadas para a União Europeia representam 90% do total exportado, e em valor ascendem a 3,98 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,3% face ao primeiro semestre de 2018, revela a AFIA. No mesmo período, as exportações de componentes para automóveis enviados para destinos localizados no resto do mundo ascenderam a 419 milhões de euros, ou seja, mais 5,3% que no período homólogo de 2018. Em 2010 este sector exportava para a UE um total de 2,29 mil milhões de euros e para o resto do mundo 264 milhões de euros, segundo dados da AFIA. É ainda de notar que entre 2010 e 2019 as vendas de componentes automóveis portugueses ao exterior aumentaram 72%, "o que demonstra mais uma vez o contributo positivo desta indústria para a sustentabilidade de economia nacional", refere a AFIA.

A AFIA refere que no início de 2019, com base em dados de 2018, a indústria de componentes para automóveis era constituída por 235 empresas, que tinham um peso de 1% na indústria transformadora (no ano anterior eram 220 empresas), empregando 55 mil trabalhadores (o que representa um crescimento de 5000 trabalhadores face aos dados do ano anterior). O volume de negócios desta industria no final de 2018 ascendeu a 11,3 mil milhões de euros, contra 10 mil milhões de euros no ano anterior. As exportações totalizaram 9,4 mil milhões de euros no final de 2018, contra 8,5 mil milhões de euros em 2017.

Também o número de fábricas a laborar no mercado nacional cresceu de 2017 para 2018 passando, respetivamente, de 240 para 265 fábricas. Aveiro concentra o maior número de fábricas da indústria de componentes para automóveis, com 60 unidades, seguindo-se o Porto com 48 fábricas, Braga com 36 unidades, Viana do Castelo com 27, Setúbal com 20, Leiria com 15, Santarém com 13, Viseu com 10, Évora com nove, Lisboa com oito, Coimbra com sete, Bragança e Guarda ambas com quatro fábricas cada, Portalegre com duas e Vila Real e Castelo Branco com uma fábrica cada. Estas 235 empresas são controladas por capitais portugueses.

Do volume de negócios da indústria de componentes para automóvel em 2018 - 11,3 mil milhões de euros - 32% foi realizado no segmento da metalurgia e metalomecânica, 30% foi feito pelo segmento da eletrónica, 19% pelos plásticos, borrachas e outros produtos compósitos, 11% pelos têxteis e outros revestimentos, 6% pelas unidades de montagem de sistemas e 2% por outros segmentos, segundo dados da AFIA.