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Os Loucos da Rua Mazur Memórias e resiliência

"A montra negra da Livraria Thibault era a moldura mais respeitada da rue de Nevers, um beco desconsolado que se escondia entre as costas de dois quarteirões do Quartier de la Monnaie e que, séculos antes, servira de escoadouro às imundices das irmãs da Penitência de Jesus Cristo". Assim principia o segundo romance de João Pinto Coelho, 'Os Loucos da Rua Mazur', vencedor do prémio Leya 2017.

A narrativa decorre em dois tempos, entrelaçando as memórias dos acontecimentos ocorridos nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial nos primeiros anos do conflito (1934-41) com a atualidade (2001-02). Dois tempos habitados por três personagens que se cruzam na adolescência, “numa certa cidade em forma de medalha perdida na floresta” – também designada por “círculo perfeito” – no nordeste da Polónia, e que, mais tarde, em 2001, se reencontram em Paris, na livraria de Yankel, o judeu cego. Os outros dois vértices do triângulo amoroso – numa história sustentada por múltiplas triangulações – são Eryk, o amigo cristão, e Shionka, a “filha da bruxa” que não falava e por quem os dois jovens se apaixonam.

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