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Um Gentleman em Moscovo Onde um hotel é o mundo

Ironia das ironias: este livro seduz mais pela história de clausura que lhe dá forma do que pelo espaço de liberdade mental (e resistência) do protagonista... ou será por ambas razões?

Rússia. Moscovo. Hotel Metropol. 1922. Ponto de partida para nos embrenharmos na história do conde Aleksandr Ilitch Rostov, condenado por um tribunal bolchevique a prisão domiciliária por tempo indefinido por ter escrito um poema que, segundo o mesmo tribunal, incitaria à revolta da população. Bem, correndo o risco de ser desmancha-prazeres (vulgo spoiler nos tempos que correm), chegados à página 434 descobrimos que não foi bem assim. Uma minudência, portanto. Mas voltando um pouco atrás, importa dizer que, no caso do conde, a ‘prisão’ é o hotel de luxo onde reside há quatro anos. Terá apenas de trocar a sumptuosa suíte no terceiro andar por um quarto exíguo no sótão.

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