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“Se temos de pagar, que seja para ficar com o Novo Banco”

Os bloquistas defendem a nacionalização definitiva do Novo Banco, em vez de uma solução temporária. Mariana Mortágua argumenta que vêm aí tempos perigosos e que a banca deve ser pública.

O Bloco é a favor de nacionalizar o Novo Banco. O que propõem em concreto?
Encontramo-nos num estranho momento político em que temos uma aparente convergência em torno da ideia de nacionalização. Temos o “Financial Times” a dizer que não faz sentido uma venda ao desbarato, temos Manuela Ferreira Leite e Vítor Bento… e do lado do PS temos Carlos César e João Galamba a defenderem a nacionalização. Acho que o programa defendido por essas personalidades e aquilo que o Bloco de Esquerda tem defendido são programas muito diferentes. A posição de nacionalização temporária aparece a partir do momento em que o plano de vender o Novo Banco a um fundo de ‘private equity’ é demasiado mau até para a direita poder aceitar. Ou para, chamemos-lhe assim, uma certa elite económica poder aceitar, elite essa que normalmente seria favorável a este tipo de programas. E isto acontece porque a venda à Lone Star ou a qualquer outro fundo terá as consequências que todos sabemos, como a execução de garantias que porá muitas empresas com a corda ao pescoço.

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