Incisivo nas opiniões, acutilante na palavra e sempre, ou quase sempre, com um charuto na mão, Pedro Cabrita Reis recebeu-nos no escritório do seu ateliê-casa em Marvila, Lisboa. Numa tarde quente, como a temperatura que gosta de imprimir às conversas. “Nunca tive pena de nada. Nada me inspira sentimentos de pena. Todas as coisas que fiz na minha vida por solidariedade social foram feitas por implicação política, não por implicação moral”. Aquele que é um dos mais importantes artistas portugueses contemporâneos continua a pensar e a questionar o mundo, incluindo o seu. A nova “obsessão”? Deixar um legado.