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Os novos partidos e movimentos que tentam singrar na política portuguesa

A caminho das três eleições agendadas para 2019, há várias novas forças políticas, aindaem formação ou já constituídas, que se perfilam como alternativas aos partidos tradicionais. Mas os obstáculos legais e burocráticos são muitos e os casos de sucesso, desde 1975, são raros. “Os portugueses preferem a abstenção ao voto de protesto”, ou desta vez será diferente?

Nos últimos anos têm surgido vários partidos novos em Portugal, ou tentativas de os criar, mas os casos de sucesso (designadamente a eleição de deputados à Assembleia da República) têm sido raros. Como é que se explica esta dificuldade de entrar no sistema político-partidário? “Em muitas democracias, as leis eleitorais foram desenhadas para evitar muitos partidos, ou seja um sistema partidário fragmentado, mas não foi o caso português. No nosso caso, com 3% ou 4% e voto concentrado chega-se ao Parlamento. Temos cinco partidos médios e grandes. À esquerda, a diversidade impera. À direita, menos, mas o facto de existirem já dois tem bloqueado o aparecimento de outros. Repare-se que várias iniciativas ao centro também falharam. Até agora, crises de confiança e outras não deram origem a novos partidos. Aparentemente, os portugueses preferem a abstenção ao voto de protesto”, explica o politólogo António Costa Pinto.

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